Como vimos, o modelo mais promissor deste início de século para se chegar a uma gravitação quântica (ou seja, à unificação da relatividade geral com a mecânica quântica) é a teoria das supercordas. Ela foi formulada inicialmente na década de 1970 e postulou que todas as partículas elementares (por exemplo, quarks, elétrons, neutrinos etc.) são ressonâncias de uma corda unidimensional. Nesse modelo, em vez de existirem várias partículas elementares, há apenas uma entidade física: a corda fundamental, cujas diferentes vibrações descrevem diferentes partículas.
Modos de vibração
Semelhantemente a uma nota musical produzida, por exemplo, pela corda de um violino – cuja altura (grave ou aguda) e intensidade (forte ou fraca) dependem, respectivamente, da freqüência e da energia da vibração –, as propriedades de uma partícula (como sua massa e carga elétrica) dependem de como a corda fundamental está vibrando.
A teoria das supercordas prevê que, quando as distâncias são grandes, a força gravitacional toma a forma daquela estabelecida pela relatividade geral. Mas, para distâncias pequenas (da ordem de 10-30 cm), a teoria de supercordas modifica a relatividade geral para torná-la compatível com a mecânica quântica. Embora as energias acessíveis em experiências feitas neste início de século não sejam suficientemente altas para testar essas modificações, há várias propriedades da teoria de supercordas que podem ser efetivamente testadas em experimentos.