Dimensões Extras
De perto e de longe

Se o nosso universo tem mais que três dimensões espaciais, por que não as vemos? Uma possível explicação é que as dimensões extras são círculos com raio tão pequeno que seria necessária luz com energias altíssimas para observá-las, bilhões de vezes mais intensas que a energia da luz visível. Por exemplo, um fio de aço visto de longe parece ter somente uma dimensão, ou seja, comprimento. Mas, se olharmos de perto, percebemos que o fio também tem uma segunda dimensão, que é um circulo pequeno, descrevendo sua circunferência. Então, nesse modelo de dimensões extras, as três dimensões infinitas (altura, comprimento e largura) seriam dimensões como o comprimento de nosso fio, enquanto as outras dimensões seriam circulares, como a circunferência dele.

Como plantas e peixes

Outra possível explicação para não observarmos as dimensões extras: nosso universo observável é uma superfície tridimensional dentro de um volume com quatro ou mais dimensões espaciais. Nessa possibilidade, chamada ‘brane-world’ (ou mundo-brana), partículas como os elétrons e os fótons estariam confinados à superfície tridimensional. Apenas o gráviton, o transmissor da força gravitacional, estaria livre para perambular no volume inteiro. Então, nesse modelo, os elétrons e os fótons seriam como plantas destinadas a boiar na superfície de um lago, enquanto os grávitons seriam como peixes que nadariam livremente dentro dele. Como a luz é composta de fótons, sempre confinados à superfície tridimensional, somente as três dimensões usuais seriam observadas diretamente.