O modelo atual para descrever a força eletromagnética, a força forte e a força fraca (estas duas últimas atuam somente no âmbito do núcleo atômico) é chamado modelo padrão. Embora nele as partículas elementares também sejam corpos pontuais, essas forças são perfeitamente consistentes com a mecânica quântica (vale lembrar que ele foi aprovado em vários experimentos envolvendo distâncias subatômicas). No modelo padrão, a eliminação dos infinitos que surgem quando duas partículas com cargas opostas se aproximam é possível graças a um processo chamado ‘renormalização’. Porém, a renormalização não funciona na teoria da relatividade geral, porque a força gravitacional entre duas partículas é proporcional às massas delas e não às suas cargas. Uma maneira de entender por que massas e cargas são diferentes é lembrar que a massa é sempre positiva, enquanto a carga pode ser ou positiva (como no próton), ou negativa (como no elétron).
Modificação constanteAs inconsistências quânticas na relatividade geral se tornam apreciáveis quando as distâncias são da ordem de 10-30 cm, que está muito longe da precisão obtida hoje nos experimentos. Mesmo diante dessa impossibilidade prática, há razões para tentar resolver essa inconsistência da relatividade geral. Uma delas é que entender o comportamento dessa teoria a distâncias muito pequenas é essencial para o estudo, por exemplo, dos buracos negros e do universo primordial (perto do Big Bang). Outra razão: a resolução de inconsistências da relatividade geral pode levar a idéias que ajudem a entender fenômenos além daqueles governados pela gravitação. E, finalmente, se quisermos concretizar o sonho de Einstein e construir uma teoria que unifique a força gravitacional com as outras três forças da natureza (a letromagnética, a forte e a fraca), teremos que achar uma modificação da relatividade geral que seja consistente com a mecânica quântica.