Buracos Negros e a Perda de Informação
Sugador de luz e matéria

Foto Dana Berry (CFA/NASA)
Quando uma estrela colapsa, depois de chegar ao final de sua vida, ela pode formar um objeto cósmico ultramaciço, tão denso que qualquer corpo que se aproxima dele é puxado para o seu interior pela força gravitacional. Nem mesmo as partículas de luz (fótons) escapam de serem sugadas por ele. Daí a denominação buraco negro para esses ‘ralos’ cósmicos. Como um buraco negro cria forças gravitacionais enormes, e seu tamanho é muito pequeno, efeitos quânticos passam a ser relevantes, fazendo do mais bizarro corpo celeste um laboratório para estudar a união da gravidade com a mecânica quântica, a chamada gravitação quântica.

Sumiço de elefantes

Uma das conseqüências dos efeitos quânticos sobre os buracos negros é que esses corpos cósmicos podem evaporar. Um paradoxo relacionado com esse fenômeno se expressa através da seguinte pergunta: o que acontece com a informação contida num buraco negro depois que ele evapora totalmente? Por exemplo, se um elefante cai num buraco negro, o que acontece com essa informação depois que o buraco negro desaparecer por evaporação? É perdida para sempre? A resposta parece ser não, pois a mecânica quântica prediz que a informação é sempre preservada. Portanto, se a informação contida num buraco negro fosse realmente perdida, a mecânica quântica teria de ser abandonada.

Solução do paradoxo

Um dos sucessos da teoria das supercordas, a melhor candidata até agora para a unificação das quatro forças da natureza, foi resolver o aparente paradoxo da perda de informação em buracos negros. Essa teoria prevê que a nformação contida num buraco negro expelida durante a evaporação. Isso faz com que o processo de evaporação de um buraco negro passe a ser consistente com os princípios da mecânica quântica.