No Brasil
Sólida tradiçao

O Brasil tem sólida tradição no estudo da posição e dinâmica dos objetos do Sistema Solar, mas, só nos últimos 20 anos, começou a ter grupos ligados ao estudo das propriedades físico-químicas desses objetos. O Grupo de Ciências Planetárias do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro (RJ), tem sido pioneiro nessa área, pesquisando a caracterização astrofísica de pequenos corpos. Seu reconhecimento internacional se deu com a realização do mapeamento de composições de asteroides, na forma do projeto S3OS2 (sigla, em inglês, para Mapeamento Espectroscópico de Pequenos Objetos do Sistema Solar), cujos dados sobre mais de 800 asteroides – o segundo maior catálogo do gênero até o presente – podem ser acessados em http://sbn.psi.edu/pds/

Vigilância dos céus

O Grupo de Ciências Planetárias está engajado num projeto pioneiro no Brasil: a instalação e operação de um telescópio robótico de 1 m (diâmetro do espelho) dedicado ao estudo de objetos potencialmente perigosos para nosso planeta. Denominado IMPACTON (sigla para Iniciativa de Mapeamento e Pesquisa de Asteroides nas Cercanias da Terra no Observatório Nacional), o equipamento funciona desde 2011 em Itacuruba (PE).

Novas gerações

Para despertar o interesse por essa área, foram realizados vários congressos internacionais, como o Rio de Janeiro International Workshop on Planetary Sciences (1996), o Asteroids, Comets, Meteors (2005) e o Icy Bodies in the Solar System (2009) – este último como parte da Assembleia Geral da União Astronômica Internacional. Esses eventos têm contribuído para o aumento do número de grupos da área e para o surgimento de novas gerações de pesquisadores.