E o Mundo ficou... Complexo

Até duas décadas atrás, cada campo do conhecimento, isoladamente, dava um tratamento específico a seus sistemas complexos. Isso valia da física à antropologia, da economia à biologia. Mas, de lá para cá, percebeu-se que todos os sistemas complexos tinham propriedades universais. Nasceu, assim, uma nova disciplina científica e, talvez, a mais interdisciplinar delas: os sistemas complexos, teoria que usa conceitos de áreas tão diversas quanto caos, termodinâmica (estudo do calor), autômatos celulares (estudo da vida artificial) e redes neurais (estudo das ligações entre as células nervosas cerebrais). Sua principal ferramenta será o computador.

O que é complexidade?

Ainda não há resposta definitiva para essa pergunta. Pode-se dizer que um sistema é tão mais complexo quanto maior for a quantidade de informação necessária para descrevê-lo. Porém, essa é uma entre muitas definições.No entanto, sabe-se que a complexidade só emerge em sistemas com muitos constituintes. Por exemplo, no cérebro humano, com 100 bilhões de células nervosas. Porém, um gás, com bilhões de constituintes, é um sistema simples. Por quê? Basta estudar uma pequena parte dele para entender o todo, o que é impossível em sistemas complexos.

Complicado é complexo?

Não. Uma máquina sofisticada, com grande número de partes, é complicada, mas não complexa, pois terá comportamento previsível. De um avião, por exemplo, não vai emergir – ironicamente – nada semelhante ao sofisticado movimento que faz uma ave alçar vôo. Importante: a reunião de elementos complexos pode gerar um comportamento simples e previsível. Por exemplo, a Terra girando em torno do Sol.

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