Neste exato instante, você está sendo bombardeado. A cada segundo, dezenas de invasores do espaço atravessam seu corpo. Eles são subproduto dos raios cósmicos, partículas extremamente energéticas que, ao penetrarem a atmosfera da Terra, chocam-se contra núcleos atômicos e produzem uma impressionante cascata de partículas e radiação. Essa ‘chuveirada’ pode chegar ao solo contendo centenas de bilhões de partículas.
Um Everest a 200 mil Km/hA energia de um raio cósmico pode variar em até 100 bilhões de vezes. Há os mais ‘fracos’ e comuns. E aqueles raros e ultra-energéticos. Se um micrograma desse último tipo atingisse a Terra, o choque seria equivalente ao de um asteróide com a massa do monte Everest, o mais alto pico do mundo, viajando a 200 mil km/h. De onde eles vêm? O que lhes imprime tamanha energia? Esses são apenas dois dos mistérios que tornam o estudo dos raios cósmicos uma das áreas mais instigantes da física deste início de século.
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