No século 17, o físico e matemático inglês Isaac Newton (1642 –1727) retomou a concepção de que a matéria – inclusive a luz – era formada de corpúsculos. Mas a idéia se popularizou a partir de 1802, quando o químico John Dalton (1766-1844), seu conterrâneo, formalizou que tudo era feito de átomos. No final do século 19, em parte por influência desses dois cientistas, a realidade dos átomos se tornou um importante tema de debate, principalmente na Inglaterra.
Misteriosa radiação
Naquela época, as pesquisas sobre a eletricidade despertavam grande interesse entre os físicos. Vários se dedicavam, por exemplo, a decifrar a natureza de uma misteriosa radiação que brotava do pólo negativo (catodo) de ampolas de vidro em cujo interior havia gases rarefeitos – aperfeiçoados, esses equipamentos deram origem aos tubos de TV. Experimentos desse tipo levaram o físico inglês Joseph Thomson (1856-1940) à conclusão de que os raios catódicos eram partículas subatômicas de carga negativa: os elétrons. O átomo havia sido fragmentado. E, para Thomson, ele se assemelhava a um pudim cuja massa (positiva) era recheada de ameixas (elétrons).