Feito Notável
Região ultraminúscula

Em 7 de março de 1911, em uma reunião da Sociedade Filosófica e Literária de Manchester (Inglaterra), um anúncio feito pelo físico neozelandês Ernest Rutherford (1871-1937) mudaria os destinos da humanidade: o átomo é dotado de uma carga elétrica concentrada em uma região ultraminúscula, envolvida por uma distribuição esférica uniforme de eletricidade oposta e de igual quantidade. Dois meses depois, o modelo do átomo nuclear estava publicado com pormenores no volume 21 do Philosophical Magazine, mostrando que o núcleo atômico concentra toda a carga elétrica positiva e praticamente toda a massa do átomo.

Tudo ao nosso redor

Desde então, esse conhecimento e as tecnologias daí decorrentes têm possibilitado à humanidade desfrutar de melhor saúde, conforto e bem-estar. Essa descoberta notável representou não só a inauguração de uma nova ciência, a física nuclear, mas também o fundamento e a abertura do caminho para a compreensão da real estrutura dos átomos, constituintes de tudo aquilo ao nosso redor – inclusive nós mesmos.

Energia para a humanidade

A vida em nosso planeta se sustenta à custa da energia que primariamente foi e tem sido gerada, em maior escala, no Sol, por meio da chamada fusão termonuclear (reações entre núcleos atômicos leves) e, em escala bem menor, na fissão nuclear (quebra de núcleos pesados, como os de urânio) que ocorre nos reatores nucleares das usinas de geração de eletricidade. Mas desde quando e como se tornaram conhecidos os núcleos atômicos?