Domando a Matéria
Excavação profunda

homem subjugou a pedra, a argila, o ferro, o aço e, mais recentemente, o silício dos chips de computadores, transformando estas substâncias, entre tantas outras, em matérias-primas. Mas, só no século 19, ele iniciou sua escavação profunda rumo à escala atômica, quando extraiu da matéria sua primeira partícula elementar, o elétron.

Estrutura fragmentada

No século passa- do, a matéria foi imensamente fragmentada, e os estilhaços foram capturados, estudados e batizados. Prótons, nêutrons, mésons, neutrinos, quarks, bósons integram uma lista que inclui centenas de partículas. Assim, o Homo sapiens, quase 200 mil anos depois de seu surgimento, aprofundou sua viagem rumo ao coração da matéria – e isso mesmo antes de conhecer detalhes do interior do planeta que o abriga.

Mais espaço la embaixo

Foto: Tom Harvey
Ainda em 1959, o físico norte-americano Richard Feynman (1918-1988) – que, por sinal, havia trabalhado pouco antes no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, no Rio de Janeiro (RJ) –, propôs, através da palestra ‘Há muito mais espaço lá embaixo’, uma nova relação do homem com a matéria: usar átomos e moléculas como tijolos para a constru- ção de diminutos artefatos. Hoje, essas idéias de Feynman são tidas como o marco de fundação de duas áreas: a nanociência e a nanotecnologia.

« Anterior