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Uma das grades de computadores do LHC. Foto Maximilien Brice |
O CERN revolucionou a informação com a criação da world wide web (a ‘www’), que permitiu o acesso a páginas da web na internet. Só isso certamente já valeria todo o investimento feito nesse laboratório europeu, fundado em 1954, que tem uma extensa lista de bons serviços prestados à ciência e do qual hoje 20 países são membros. Outros nove têm o status de observadores, e mais 27 (entre eles, o Brasil) participam das atividades desse centro de pesquisa. Isso faz do LHC uma Babel ao contrário, onde todos se entendem.
20 Km de cd'sOs experimentos que serão realizados no LHC irão gerar mais de 10 milhões de gigabytes de informação, o que equivale a uma pilha de 20 km de altura de CDs, com a capacidade máxima de armazenamento esgotada. Para analisar, gerenciar e armazenar esse número astronômico de dados, o LHC criou uma rede (ou grade) de computadores interligados,com centenas de pequenos e grandes centros de computação.
Utilidade públicaEssa malha gigantesca e hiperveloz de computadores, por meio do projeto EGEE (sigla inglesa para algo como ‘Possibilitando uma Rede de Computadores para a Ciência’), liderado pelo CERN, já está prestando serviços de utilidade pública: recentemente, os cerca de 300 mil componentes químicos do írus da gripe aviária foram analisados por 2 mil computadores dessa grade. bjetivo: buscar potenciais medicamentos contra a doença. Outro exemplo: a infra-estrutura do EGEE fez simulações computacionais que permitiram avaliar mais de 40 ilhões de candidatos a medicamentos contra a malária. Em resumo: o LHC tem o apoio de um devorador de cálculos longos e complexos.