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Anéis do LHC |
Ilustração Phillipe Mouche / CERN |
Um acelerador e seus detectores estão para o físico de partículas assim como o telescópio está para o astrônomo, o microscópio para o biólogo ou o olho para o ser humano. A função é praticamente a mesma: observar a natureza nas dimensões ínfimas. No caso desse gigante de 27 km de circunferência – encravado a 100 m de profundidade, na fronteira da Suíça com a França, onde está o laboratório que o abriga, o Centro Europeu de Pesquisas Nucleares (CERN) –, o objetivo é estudar a estrutura da matéria em dimensões inferiores ao tamanho dos prótons: 0,000000000000000001 (10-18 m). Em resumo: o LHC é o maior instrumento cientifico do mundo, feito para investigar as menores dimensões jamais observadas.
Duas missões básicasA primeira missão desse novo acelerador é investigar elementos previstos ou mal compreendidos na teoria atual, o chamado Modelo Padrão, com o qual os físicos estudam as partículas indivisíveis (elementares) e as forças (interações) que agem sobre elas: i) a forte, que mantém o núcleo atômico coeso; ii) a fraca, que age quando uma partícula se transforma em outra, iii) e a eletromagnética, que atua quando cargas elétricas estão envolvidas. A força gravitacional não faz parte do Modelo Padrão. A segunda missão – mais difícil de ser caracterizada – é buscar novos fenômenos físicos na altíssima escala de energia que será atingida por ele em volumes infinitesimais de espaço.