A diferença é que nesse equipamento fictício havia transporte de matéria. No teleporte, há apenas a transmissão da impalpável informação quântica de uma partícula (fóton, átomo etc.) para seu par gêmeo, feita com base no fenômeno do emanharamento.
Laser de átomos
Demonstrado experimentalmente há cerca de uma década, a novidade sobre os condensados de Bose-Einstein é que a incidência de ondas de rádio sobre esse aglomerado possibilita extrair dele uma ‘fila’ ordenada de partículas que vem sendo denominada ‘laser’ de átomos, dada sua semelhança com o fenômeno óptico. Já se vislumbra que esse tipo de laser poderia servir de base para o desenvolvimento de instrumentos capazes tanto de aumentar a resolução dos intricados desenhos que formam os chips quanto medir diminutas variações do campo gravitacional e, com isso, detectar campos de petróleo, por exemplo.
Wolfgang Ketterle / MIT (Estads Unidos)
Realidade presenteArthur Eckert, também de Oxford, disse que, assim que o primeiro computador quântico entrar em funcionamento, todos os sistemas de transmissão de informação deixarão de ser seguros. E isso parece ser consenso entreseus colegas. O computador quântico ainda está longe dos mil q-bits com os quais, acredita-se, começará a provar seu potencial, mas muitos acreditam que o primeiro chip quântico será apresentado ao mundo antes da data-limite imposta pela lei de Moore. O emaranhamento já é bem-sucedido com aglomerados de partículas, e a criptografia quântica já está sendo empregada, em escala piloto, para transações bancárias na Europa e em redes de comunicação unindo universidade e empresas nos Estados Unidos. Empresa dedicadas exclusivamente à computação quântica já estão funcionando. O futuro parece ser quântico.