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Georges Lemaître |
A idéia de um universo que evoluiu de um estado impensavelmente condensado e quente da matéria não agradou a todos. Pejorativamente, o modelo foi denominado Big Bang (grande estrondo), em 1949, por um de seus mais ferrenhos opositores, o cosmólogo britânicoFred Hoyle (1915-2001), numa entrevista para uma rádio. Ironicamente, o nome se tornou popular, passando, desde então, a se referir ao modelo.
Dois significadosQuando se fala de Big Bang, é preciso distinguir entre dois significados para o termo. No primeiro, aceito pela ampla maioria dos cosmólogos e sustentado em sólidas bases observacionais, o universo está em expansão e passou por uma fase extremamente quente no passado. Esse modelo é baseado na relatividade geral, bem como no que se conhece hoje sobre a interação entre as partículas subatômicas, ambas teorias bastante testadas. No segundo, o universo teve um início bem definido no tempo, e houve uma ‘singularidade’ (concentração infinita de matéria), onde a física perde o seu sentido. Nesse modelo, juntamente com o nascimento do universo, teriam surgido o espaço e o tempo. Como é baseado numa extrapolação da física conhecida para escalas de energia totalmente inatingíveis neste momento, ele não tem uma base firme e ainda é assunto de intenso debate.