Desdobramentos Recentes
A Primeira Geração

SOAR
Somos a primeira geração a ter um modelo científico do universo. E, por isso, devemos nos sentir privilegiados. O modelo padrão da cosmologia (Big Bang mais inflação) tem sido verificado com precisão cada vez maior pelas observações astronômicas, graças aos novos telescópios e sondas – por sinal, o desenvolvimento desses e de outros equipamentos ligados à pesquisa em cosmologia aprimorou, por exemplo, sistemas atuais de comunicações por microondas. O Big Bang tem fragilidades e lacunas fundamentais, mas é testável – daí vem sua força – e tem descrito bastante bem o universo observado. Dados astronômicos parecem corroborar a teoria dos dias de hoje até 380 mil anos depois do ‘nascimento’ do universo. Para tempos anteriores, extrapolações nos permitem ter idéia de vários cenários possíveis.

Conflitos, dúvidas e cetezas

A física por volta da época da inflação é ainda desconhecida.Para entender o universo primordial, os físicos buscam a unificação dos fenômenos gravitacionais, regidos pela teoria da relatividade geral, e daqueles do microuniverso dos átomos e suas partículas, domínio da teoria quântica. É uma tarefa difícil. Além dos questionamentos sobre os primórdios do universo, a descoberta da expansão acelerada levantou perguntas extremamente excitantes e que deram novo fôlego à cosmologia. Será que esses desafios do macrocosmo nos levarão a uma nova física? São tempos de conflitos e dúvidas, mas também de várias certezas. São tempos de extremo entusiasmo para os cosmólogos e também para a humanidade. Ou, afinal, o leitor consegue pensar em perguntas mais instigantes e profundas do que “De onde viemos? Para onde vamos?”

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