Desdobramentos Recentes
Revolução Cósmica (continuação)

Porém, um problema: se a constante cosmológica estiver associada à energia do vácuo – como muitos físicos acreditam –, há uma tremenda discrepância entre a previsão teórica de sua densidade e aquela observada no universo. Para se ter uma idéia, essa diferença é da ordem de 10120 (1 seguido de 120 zeros!), considerada a maior entre teoria e observação da história da ciência.

Mistérios escuros

WMAP
Em 2003, a WMAP (sigla, em inglês, para Sonda Wilkinson de Anisotropia em Microondas) obteve mapas do céu com definição 45 vezes superior à do COBE e possibilitou, com a ajuda de dados de outros experimentos, calcular a idade do universo (13,7 bilhões de anos) e sua composição atual: cerca de 73% de energia escura, 23% de matéria escura e apenas 4% de matéria normal (‘bariônica’). Desconhece-se a natureza dos dois primeiros e principais ingredientes, apesar de a matéria escura já ter sido apontada como um componente dos aglomerados de galáxias ainda 1932 pelo astrônomo suíço Fritz Zwicky (1898-1974).

Destino do Universo

Na maioria dos modelos atuais, é a energia escura que dita o destino do universo. Numa visão moderna, há três destinos para o universo: i) ele cessa a expansão, pára e passa a colapsar, fenômeno denominado Big Crunch (Grande Esmagamento); ii) caso a energia escura seja mais ou menos constante, ele continua a se acelerar para sempre, tendo um fim gelado e escuro; iii) sofre uma expansão acelerada tão violenta que ‘rasgaria’ até os átomos, cenário denominado Big Rip (Grande Rasgo).