De Curiosidade a Realidade
Coqueluche da Astrofísica

Se eleição fosse feita entre o grande público para indicar qual o corpo celeste mais exótico, é (bem) possível que nas primeiras colocações – tal- vez, até como vencedores – estivessem os buracos negros. Afinal, esses objetos cósmicos, que se tornaram a coqueluche da astrofísica, têm atributos suficientes para merecer tal popularidade. Talvez, o principal deles tenha a ver com o fato de serem devoradores incessantes de matéria e luz – sim, nem mesmo os fótons (corpúsculos de luz) conseguem escapar da fúria sugadora de um buraco negro, caso dele se aproximem.

Algo de novo no front

Até a década de 1960, buracos negros não passavam de mera curiosidade teórica. A predição desses ralos cósmicos surgiu em 1916 de cálculos feitos com base na teoria da relatividade geral, publicada naquele ano pelo físico de origem alemã Albert Einstein (1879-1955). O feito é do astrofísico alemão Karl Schwarzschild (1876- 1916), enquanto ele combatia na frente russa na Primeira Guerra Mundial. Cerca de duas décadas depois, o próprio Einstein diria não acreditar na realidade desses corpos. Hoje, com tantos dados experimentais, é praticamente impossível refutar a existências desses gigantes da gravidade.